sábado, 6 de agosto de 2011

Tá doendo pacas...

Venho através desse blog desabafar um pouco uma angústia que há muito eu não sentia.
Com tantos problemas do dia-a-dia, tarefas, emprego, faculdade, etc etc etc, a gente termina não dando o real valor para as coisas e pessoas que passam por nossa vida.
Na semana passada comentava com meu namorado à respeito de um primo querido, embora que não tivesse tanto contato, mas que, certa vez, veio à Salvador (pois ele é do RJ), e quando chegou aqui ficou maravilhado com a terra. Isso faz um bom tempo...
Comentava rindo o fato dele ter comido 5 acarajés e ter passado mal...tamanho o apresso dele pela comida típica baiana...
A conversa começou num desejo que tenho de conhecer o RJ, que tem aumentado significativamente, agora que, graças a Deus, eu trabalho e poderia me dar esse pequeno "luxo".
Mas hoje, depois de passar um dia agradável com amigos e meu amor, cheguei em casa e recebi a notícia de que meu primo, o dos 5 acarajés, morreu há pouco com um tiro no coração saindo da lanchonete em que tinha levado os dois filhos para comer batatinha-frita.
Reagiu a um assalto para proteger seus rebentos. Mesmo depois do ocorrido, ainda conseguiu deixá-los em casa, salvos, para, enfim, falecer.
Acho que ninguém entende a dor que é perder um ente querido assim, até passar pela situação.
To num misto de saudade, revolta, pensando em como fica a cabeça de uma mãe ao perder seu filho assim. E de seus filhos, tão pequenos, vendo seu pai ser agredido dessa maneira. E a esposa dele...me coloco no lugar dessa esposa e me sinto mais angustiada.
Eu sei que o mundo está violento, mas até onde vai a impunidade nesse país?
Ás vezes, não consigo compreender certas coisas. Me pergunto sempre, até onde vai o acaso, ou a falta dele? Até onde alguém pode interferir na minha vida, me machucar, tirar o meu direito de viver? Até onde?
Perguntas que não consigo responder agora. Tudo o que sinto é impotência perante tanto abuso, tanta violência, tanta...tá demais, sabe?
E, embora eu faça questão de ser feliz, é duro entender que "a felicidade não é deste mundo". Peço desculpas aos meus leitores por esse desabafo, mas no meu mundo virtual nem sempre tudo é cor-de-rosa. Espero que essa sensação passe.
Fica aqui meu pedido de oração para que meu primo seja envolvido na luz do Mestre e que fique bem. Que sua família possa aceitar essa dor. Aceitar é tudo que nos resta. É a palavra mais difícil de entrar no meu dicionário, mas é aquela que mais tenho feito uso ultimamente.
O que se há de fazer, senão orar e pedi a Deus que tenha piedade de nós?!

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